A festa anual de Moura da Serra realizou-se nos dias 7, 8 e 9 de Agosto em honra do Divino Espírito Santo e de Santa Filomena. Mas a festa começou antes, as ruas da aldeia começaram a ser enfeitadas na quinta-feira da festa e também a montagem do palco que contou com a ajuda de todos os mourenses.
Os festejos começaram no sábado no dia 7, por volta das 8h00 com alvorada musical e logo pela manhã às 9h00 realizou-se o torneio da Malha que contou (tal como o torneio da sueca) com poucos participantes mas que não deixou de ter a habitual emoção ficando assim a classificação dos primeiros lugares:
1º Lugar – André e Horácio
2º Lugar – João Fernandes e Victor Santos
3º Lugar – Josélito e Carlos Santos
A seguir era hora de irem retemperar as forças com um bom almoço porque o dia ainda ia no início e a tarde prometia, e assim foi.
Por volta das 16h00 começou a verdadeira emoção, com a disputa do torneio da sueca e depois a abertura da quermesse que veio abrir o apetite a miúdos e graúdos. Lá se viam os miúdos a correr com uma moeda para tirar um rifa ou então a trazer os pais quase que à força para tirarem nem que fosse uma rifa. O torneio da sueca prolongou-se até quase às 20h00 com a habitual multidão à volta das mesas e dar as suas opiniões porque é que não jogaram aquela cara, ou porque de terem cortado aquela jogada, enfim o rebuliço do costume no jogo da sueca. A lista dos primeiros lugares to torneio da sueca ficou assim ordenada:
1º Lugar – Arménio Ferreira e António Lourenço
2º Lugar – Octávio Capela e Carlos Sequeira
3º Lugar – João Fernandes e François
Pouco tempo depois chegou o duo que viria abrilhantar a noite “Ludgero e Sérgio” e como quase toda agente tinha ido retemperar as forças a quermesse também fechou.
O baile começou por volta das 22h00, como sempre começou um pouco frio, com pouca gente a não querer ser o primeiro a dar um pé de dança e a noite até estava apetecível, não havia frio nem vento, e com o tempo a vergonha foi desaparecendo e lá iam os casais mostrar as suas qualidades como dançarinos e então houve o torneio da valsa e uma disputa bastante alegre entre todos mas quem ganhou foi o casal Arménio Ferreira e Manuela. Com o início do baile a quermesse abriu novamente e lá voltou o reboliço das rifas. Poucas pessoas de fora da aldeia vieram à nossa festa, visto que existiam muitas festas nas aldeias vizinhas, como por exemplo na Relva Velha, Monte Frio, Soita Ruiva, Porto Castanheiro e a festa da Sorgaçosa com os Zimbro a actuarem nesse dia a retirarem muita gente à nossa festa. Mas os mourenses conseguiram divertir-se, houve um intervalo no baile para o leilão e também o fecho da quermesse, de seguida reiniciou-se o baile e agora também com a ajuda já da famosa festa dos shots que veio animar o pouco pessoal jovem que este ano veio à festa, e pouco tempo depois chegou algum pessoal do Monte Frio que veio animar a festa de shots um pouco mais. O baile foi esfriando e acabou por volta das 3h00 da manhã já como muito pouca gente.
No Domingo, no dia 8, o dia nasceu muito fusco e cinzento, com alguma chuva, pouca mas lá foi aguentando. O dia começou novamente cedo com uma alvorada musical, e passado algum tempo chegou a Filarmónica de Penacova que começou por dar uma volta pela aldeia ao sabor da sua música. Por volta das 11h00 iniciou-se a missa solene em honra do Divino Espírito Santo, sendo a missa celebrada como sempre pelo Padre António Conceição. O tempo cada vez estava pior mas a procissão lá começou com todos os andores bastante bem enfeitados, como por exemplo o do Divino Espírito Santo, o do Santo António e da Nossa Senhora de Fátima. A procissão fez a sua volta do costume, saiu da igreja passou pelo largo da Casa do Povo, virou no Tapadinho para cima e chegou ao cimo da rua e fez o caminho novamente até à igreja e é por esta altura que começa a chover aos poucos e quando estamos quase a chegar à igreja começa mesmo a chover. Então o leilão de Fogaças a favor da igreja Paroquial foi feita à chuva em redor do castanheiro com toda a gente a esconder-se da chuva. Foi tudo a correr para casa para ir almoçar e provar todas as iguarias que estavam preparadas para este dia, como a chanfana, a fezura, e os doces.
Não parava de chover mas a Filarmónica de Penacova animou um pouco as pessoas que se juntaram na Casa do Povo à espera que a chuva passasse, entretanto abriu-se a quermesse e tempo foi passando e a chuva foi passando mas a festa estava em dúvida já que com este tempo o duo musical “Século XX” não podia actuar no palco que estava montado no largo da Casa do Povo, então foi decidido que a festa ia ser feita dentro da Casa do Povo, e assim foi, quando chegaram a aparelhagem foi montada no interior.
Com a concorrência na Sorgaçosa da actuação da Romana, e a provável chuva que se avizinhava, previa-se que a festa não fosse por ali além, mas contra todas as expectativas a festa correu muito bem, não choveu, houve muita animação, talvez por ser mais calorosa por ser dentro da Casa do Povo, e também o Século XX, habituais na nossa festa, ajudaram a animar muito a noite. No meio da noite procedeu-se à entrega dos troféus da malha e da sueca e também foi com a animação habitual que foi feito o sorteio do Carneiro que entrou de rompante na Casa do Povo. O carneiro saiu então ao Jorge. Reabriu o baile e outra vez com a ajuda da festa dos shots a festa animou ainda mais, novamente o pessoal do Monte Frio apareceu para animar o pessoal dos shots. A festa continuou, terminando às tantas da madrugada.
Na segunda-feira, dia 9, o dia foi mais calmo, mas começou logo pela manhã com as corridas de atletismo para as Fases A e B, aqui ficam as classificações finais dos primeiros lugares.
Prova de atletismo Fase A – 4 aos 10 anos:
1º Lugar – Rita Seixas
2º Lugar – Nuno Gonçalves
3º Lugar – Joana Duarte
Prova de atletismo Fase B – 11 aos 16 anos:
1º Lugar – Rodrigo Gonçalves
2º Lugar – João Seixas
3º Lugar – Tiago Santos
Depois o Padre António Conceição celebrou a missa na capela de Santa Filomena em honra da mesma santa seguindo-se o leilão a favor da mesma.
Por volta das 16h00 realizou-se a reunião anual da Comissão de Melhoramentos da Moura da Serra, onde se discutiram diversos assuntos de interesse para a aldeia, uma reunião por sinal muito concorrida e onde se puderam tirar algumas ideias para o futuro. Mal acabou a reunião, começou-se logo a preparar o piquenique. Febras, entremeadas, sardinhas, bom vinho, diversão e alegria não faltaram a este piquenique que foi muito concorrido. A noite continuou com música abrilhantada pelos famosíssimos “Pelintras de Chelas” que com a sua alegria contagiaram toda a gente até às tantas.
Assim acabou mais um ano de festa, que apesar de ter tido pouca gente, comparando com outros anos, a chuva no Domingo também não ajudou, e as festas nas aldeias vizinhas que calharam no mesmo fim-de-semana, mesmo assim com todos estes percalços, posso considerar que a festa deste ano correu muito bem, foi bastante positiva e com a ajuda de todos os mourenses para o ano estamos lá para mais uma grande festa. Obrigado a todos os que participaram e ajudaram.